segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A primeira Loja Maçônica do Estado de São Paulo



A primeira Loja Maçônica do Estado de São Paulo(*)

A primeira Loja Maçônica do Estado de São Paulo foi fundada em Porto Feliz, a 19 de agosto de 1.831, quando o país vivia um clima de transição política gerado pela abdicação do Imperador Pedro I, ocorrida a 7 de abril do mesmo ano. A história registra que depois da abdicação de D. Pedro I a maçonaria brasileira intensificou sua luta,  e organizou-se da melhor forma possível, tendo instalado no Rio de Janeiro o Grande Oriente Nacional Brasileiro, que elegeu como Grão Mestre o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva.
Naquela ocasião o Grande Oriente Nacional Brasileiro enviou emissários para as Províncias,  com poderes de instalar Lojas Maçônicas e, nessa oportunidade vieram a Porto Feliz os plenipotenciários João Batista Lobo de Oliveira, que era Oficial do Exército, e Luiz Luciano Pinto, que era negociante.    Chegando à velha Araritaguaba  aqueles emissários maçônicos iniciaram nos augustos mistérios o Comerciante João Gaudie Lei, para que pudessem compor o quadro inicial da Loja, cujos trabalhos seriam desenvolvidos no rito oficial do Grande Oriente Brasileiro.
O ilustre historiador maçônico Kurt Prober nos conta que no exercício de 1.832, da era vulgar, o quadro de obreiros da primeira Loja Maçônica do Estado de São Paulo, fundada em Porto Feliz no dia 19 de agosto de 1.831, era o seguinte:
João Batista Lobo de Oliveira - “Trajano”
Luiz Luciano Pinto - “Bruce”
João Gaudie Lei - “Voltaire”
José Gomes da Silva - “Catão D’Utica”
José Rodrigues Leite - “Jeferson”
José Pinto Miguez - “Pelópidas”
Joaquim Correa Leite - “Franklin”
Manoel Foz Teixeira - “Rousseau”
Mathias Teixeira D’Almeida - “Aristides”
Manoel Inácio de Faria - “Epaminondas”
Luiz Antonio da Fonseca - “Pinho”
José Maria de Nolasco - “Sólon”
José Custódio de Almeida - “Cincinato”
Antonio Vaz de Almeida - “Tito”
Francisco Antonio de Moraes - “Platão”
José de Tolledo Piza - “Warington”
José Maria de Souza - “Ganganelli”
Manoel Alves de Almeida - “Sertório”
Manoel José Mesquita - “Cézar”
Tristão de Abreu Rangel - “Eneas”
José Manoel de Foz - “?”
?????????????????? - “Sipião”
De acordo com os estudos realizados pelo historiador Brasil Bandecchi, doutor em história pela Universidade de São Paulo, o Padre Diogo Antonio Feijó (Regente Feijó), foi iniciado na maçonaria, pela Loja Inteligência de Porto Feliz, no ano de 1.831, quando deixou o Ministério da Justiça e veio para a Província de São Paulo, onde permaneceu até maio de 1.833.
Como a primeira Loja Maçônica do Estado de São Paulo, a Inteligência de Araritaguaba prestou relevantes serviços à maçonaria brasileira.

(*) Texto elaborado pelo advogado Dr. Reinaldo Crocco Júnior

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