Rua Barão do Rio Branco, 1960 ( rua do Correio)
sábado, 7 de maio de 2016
CORPORAÇÃO MUSICAL
BANDEIRANTES PORTOFELICENSE
A
Corporação Musical Bandeirantes Portofelicense, mais conhecida como Banda
Bandeirantes, foi fundada em 12 de dezembro de 1932 e teve seu estatuto
aprovado em 24/05/1933, completa nesse ano 77 anos. Teve como seu ícone o Sr. Romário que
por 40 anos de sua vida formou mais 1500
músicos e pessoas ilustres como o ex. Prefeito
Lauro Maurino, Benedito Maurino Monsenhor Seckler e como mestre e músico
Romário Antonio Barbosa, que dedicou boa parte da sua vida na formação de
músicos para as Bandas da Cidade . Sendo uma das mais velhas entidades da
nossa cidade a Banda Bandeirantes como é carinhosamente chamada, tem mantido as
tradições com muito orgulho e responsabilidade. Com seu repertório totalmente
inovado com músicas atuais de todos os gêneros musicais, mas não deixando de
tocar seu repertório próprio para banda de musica como: dobrados, marchas
militares, canções e hinos.
Primeira Diretoria e Músicos
Corporação Musical Bandeirantes Portofelicense
Fundada em 12 de dezembro de 1932 e teve seu estatuto
aprovado em 24/05/1933
Presidente Honorário-Monsenhor José Rodrigues Seckler
Presidente-Lucídio de Mello Machado
Vice-presidente-Aristides Gomide de Moraes
1º tesoureiro-Benedito ª Maurino
2º tesoureiro-Antonio Xavier Antunes
1º secretário-Geraldo Esmédio Pires
2º secretário-Edgard Pimenta
Comissão de Contas-
-Francisco Ulerick
-Constantino Guerini
-Fosco Colli
-João Stettener
-Lauro Maurino
-Gustavo Martins
Maestro -Voltaire Torres
Contra-mestre - Francisco Paes de Arruda
Músicos:
Benedito Augusto de Oliveira, João Barata, Mário Corazza,
Plínio Juvenal da Costa, Antonio Alves de Moraes, João Rodrigues, Amadeu
Damasceno Ferreira, Benedito Rodrigues, Mário Diniz, Elpídio Paes de Almeida,
Achiles Sampaio, Constantino Henrique, Pedro Eulálio Diniz, Ildo Casseta,
Lázaro Paes da Rosa, Lázaro de Arruda Campos, José Soares da Silva, Juventino
Pires de Arruda, Amadeu de Lara.
Cabo-João Floriano de Toledo
Armazém Real de Araritaguaba
Outra repartição ligada ao
"ciclo das monções" (navegação fluvial de São Paulo para Mato
Grosso). Araritaguaba era um porto no alto Tietê, de onde partiam, em grandes
canoas, as expedições paulistas para Cuiabá, levando mineradores, soldados e
comerciantes. Entre 1767 e 1777, pelo menos, o governo colonial ali manteve um
Armazém Real para abastecer a isolada colônia militar de Iguatemi, na divisa
com o Paraguai. A tomada de Iguatemi pelos espanhóis fez cessar a razão da
existência dessa repartição em Araritaguaba.
Araritaguaba hoje é a moderna cidade paulista de Porto Feliz.
O Armazém Real provavelmente estava sediado no prédio ainda agora denominado
"Casa da Alfândega", mas que é usado parte como bar e parte como
moradia. (FONTES: RIHGB/AHU/SP, 11:23 e 26 - Guia dos Bens Tombados - São
Paulo, 27).
Notícias da capoeira em Porto Feliz
Carlos Carvalho Cavalheiro
La Insignia. Brasil, julho de 2007.
É recente o estudo sobre a capoeira antiga no Estado de São
Paulo, embora haja algumas informações esparsas sobre a sua prática em diversas
localidades do solo paulista. Assim, temos referência no livro de João Amoroso
Neto sobre o bandido Dioguinho da luta deste com um negro capoeira da região de
Ribeirão Preto. O folclorista Alceu Maynard Araújo informou que a capoeira era
ensinada em Botucatu por um carioca chamado Menê. O historiador João Campos
Vieira, natural de Tatuí, mas radicado em Porto Feliz, afirma que a tradição
popular dizia que "Dioguinho usava navalha no pé e dava rabo de arraia.
Era uma capoeira defensiva". As crônicas paulistas ainda dizem respeito a
um conflito entre capoeiras e a polícia da capital ocorrido em 1892.
O antropólogo e historiador Carlos Eugênio Líbano Soares, no
seu livro A Capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro
(1808 - 1850), transcreveu a notícia do escravo Izaías, "vindo da vila de
Iguape, termo de São Paulo, é dado a capoeira ...". No programa Terra Paulista, foi citado que na
cidade de Bananal, Vale do Paraíba, ainda se praticava uma "capoeira
diferente".
Aos poucos, a história da capoeira paulista vai sendo
desvendada. Em Porto Feliz, cidade do interior de São Paulo, ainda se pode
encontrar alguns ex-praticantes da antiga capoeiragem e mesmo testemunhas dessa
manifestação.
O professor Olivério Rubini informa, por exemplo, que
praticava a pernada a qual "era uma brincadeira que antecedia a chegada de
todos, onde algumas crianças procuravam derrubar outras com rasteiras. Talvez a
diferença com a capoeira era a espontaneidade e a ausência de regras e
acompanhamento musical". A pernada parece, então, seria a capoeira
primitiva. O local onde se praticava a pernada porto-felicense era um terreno
baldio usado como campo de futebol e que hoje é a avenida Capitão Joaquim de
Toledo, ao lado da Escola Monsenhor Seckler.
Segundo o professor Rubini essa prática ocorria na década de
1940 a 1950.
Outra informação sobre a capoeira em Porto Feliz é o relato
do senhor José Aparecido Ferraz, conhecido por Zequinha Godêncio. Desde o ano
de 1946 ele acompanhava as brincadeiras de capoeira. Aos vinte anos, por volta
de 1951, começou a participar das brincadeiras e treinar a capoeira. Havia em
Porto Feliz um capoeirista conhecido por Toninho Vieira. Vendo esse capoeirista
treinar e jogar, Zequinha começou a praticar imitando-o. "O professor foi
só mais ver...", afirmou.
Outra informação interessante de Zequinha Godêncio diz
respeito a perseguição policial à prática da capoeira, embora nessa época já
não constasse mais no Código Penal. A mesma reclamação fez um capoeirista de
Sorocaba, conhecido por Chiu, que disse que por volta da década de 1950 a
polícia ainda perseguia quem praticasse a capoeira. Zequinha informou que havia
um bar de um "turco" onde se reuniam os capoeiristas e ficavam
jogando. O delegado, Barreto, prendia os capoeirista. "No outro dia cedo
ele soltava e elevava ao Porto do Marteli. Chegava lá tinha que lutar com ele.
Se a gente jogava ele dentro d'água, saía. Não voltava pra cadeia". O
delegado, segundo Zequinha, gostava de desafiar os capoeiristas para uma luta.
Aqueles que levassem a melhor poderiam ir. Caso contrário, ficariam mais alguns
dias na cadeia.
Zequinha lembra alguns nomes de capoeiristas de Porto Feliz:
Orides, Pedro (sobrinho de João Xará), Faísca. Também informou que a capoeira
era brincada sem acompanhamento musical. "A gente só ia gritando: Aeh!,
olha lá, Ah!, Opa! Ia gritando e dando giro" . O pessoal de Porto Feliz,
na década de 1950, costumava vir a Sorocaba onde no bairro da Árvore Grande
brincavam a capoeira com os sorocabanos. "Era lá na Árvore Grande. De lá tinha
um chamado Aparecidinho. Tinha Aparecido, um chamado Paulinho. Eram os mais
chegados" .
Ainda sobre a capoeira antiga de Porto Feliz, o colecionador
Rubens Castelucci informa que havia um pessoal que brincava no largo da Laje, rua da Laje. Segundo Rubens, o prefeito Lauro Maurino promovia muitas
apresentações de capoeira e congada em comícios políticos e em festas. Vinham
pessoas de Capivari para auxiliar o grupo de Porto Feliz nas apresentações.
Essas notícias de Porto Feliz servem de parâmetro para
mostrar que há muito ainda sobre a capoeira paulista a ser pesquisado. Algumas
pessoas têm se dedicado a isso, como Miltinho Astronauta em São José dos Campos
e Érika Balbino, de São Paulo. O resultado desse trabalho já começa a aparecer.
5 de novembro de 2006.
Monção
Araritaguaba, Porto Feliz Terra das Monções
Monção é palavra de origem árabe (mauasin, estação do ano em que se dá
determinado fato). Essa designação foi aplicada aos ventos característicos do
sudeste asiático, onde os portugueses, à custa de seu império marítimo, devem tê-la tomado. De vento apropriado a uma navegação, figurativamente acabou por designar a oportunidade da empreitada em si e, no caso brasileiro, a própria
empreitada. A conveniência da palavra provavelmente se ajustava à convicção de que determinado período do ano, entre o final de março e o início de junho, com pequenas discrepâncias de um para outro viajante, era o mais adequado à partida de uma expedição de Araritaguaba, valendo-se do nível das águas ao longo dos rios, que facilitaria a jornada.
Com a abertura das minas em Cuiabá firmou-se a navegação fluvial a partir de
Araritaguaba e abriu-se o período das grandes monções propriamente dito. Por
cerca de um século, ou seja, da década de 1720 à de 1820, zarparam do tosco
atracadouro expedições que, entre si, podiam se diferenciar quanto ao porte: de
meia dúzia de embarcações temerariamente agrupadas até as 100 canoas da
comitiva do ouvidor-geral Dr. José Gonçalves Pereira, em 1735. Ou mais ainda,
como as 308 canoas que conduziram o capitão-general de São Paulo, Rodrigo
César de Menezes e mais 3.000 acompanhantes, em 1726. Expedições que
também se diferenciavam quanto ao objetivo principal que as movia. Algumas eram oficiais, chamadas reiúnas, e se destinavam à condução de autoridades designadas pela Coroa ou ao transporte de tropas de linha e apetrechos de guerra para a nova província mineral, além do escoamento dos impostos reais. Outras, a maioria delas, estabelecia simplesmente a ligação vital entre dois pontos distintos da colônia e se destinavam ao inevitável trânsito de pessoas – mineradores, artesãos, comerciantes, clérigos, mulheres -, de gêneros que as minas não produziam e manufaturados. E outras, ainda, a partir da década de 1760, destinavam-se a suprir de homens e armas a colônia militar do Iguatemi, a mal sucedida fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, estabelecida pelo governador da capitania de São Paulo, o Morgado de Mateus, no sul do Mato Grosso.
Qualquer que fosse a natureza de cada expedição ou o seu tamanho, todas
elas se igualavam num ponto: a rota penosa a ser cumprida, que obedecia à
seqüência dos rios Tietê, Paraná, Pardo, Camapuã, Coxim, Taquari, Paraguai,
Porrudos e Cuiabá. Um total de 531 léguas, ou 3.504 quilômetros, de Porto Feliz a Cuiabá.10 Listam-se aí rios de duas bacias hidrográficas, a do Paraná e a do
Paraguai e a ligação entre estas era feita no único trecho percorrido em terra: os 14 quilômetros do varadouro de Camapuã, onde se fazia necessário arrastar as
embarcações e sua carga, por força de juntas de bois ou de braço humano, até o retorno às novas águas, já rumando para os domínios pantaneiros.
Trecho do Plano Ambiental de Porto Feliz de 2008
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