Porto Feliz, Monções duro trabalho dos canoeiros
Sobre o trabalho nos rios monçoeiros, Taunay escreve que essas tripulações
foram certamente vítimas de uma das mais cruéis servidões de que reza a história e que
dificilmente houve galés submetidas a mais duros e estafantes serviços (TAUNAY,
1975 Tomo III. p. 71). Além disso, a fome, o confronto com o indígena e as relações
com um meio hostil faziam com que em muitas ocasiões os tripulantes chegassem até a
fugir. Em algumas expedições se montava ronda junto aos pousos para evitar as
deserções. “Havia o cuidado de contar os homens sempre que entrassem ou saíssem
das canoas. Quem pretendesse deixar o porto devia esperar que se fizesse o sinal, a fim
de acompanhar o guia” (HOLANDA, 1976. p 71). Contudo, conta-se que muitos
remadores untavam o corpo com gordura para não serem agarrados com facilidade ao
tentar fugir (HOLANDA, 1976. p 71).
Nenhum comentário:
Postar um comentário