Porto Feliz Tênis Clube - Historia
Logo no início de 1977, o grupo de costume reuniu-se na casa
de Atílio Coli. Quase todas as tardes de domingo e de outros dias da semana,
sem agenda antecipadamente marcada, o pessoal aparecia para colocar o papo em
dia e, claro, para os "comes e bebes" sempre farto. Nesse dia,
Santinho Simonetti apresentou uma idéia. Ele estava participando da implantação
do empreendimento de loteamento de Amadeu da Motta, projeto denominado
"Jardim Bela Vista", nos altos da rua Santa Cruz. No loteamento tinha
uma área reservada aos esportes e lazer, na qual bem que poderia ser construído
um clube!
Seduzidos pela idéia, fomos todos para ver o local:
Santinho, Atílio, Nice, Wagner, Luciana, Waldemar Ravelli e Rubens Albiero. O
grupo levou um susto. Era uma tremenda perambeira! Como edificar um clube
naquela barroca?
Entretanto, o susto virou um tremendo desafio. Nós vamos
construir o Porto Feliz Tênis Clube neste local, alguém disse, e todos
concordaram. O Santinho e o Amadeu da Motta pensavam no clube como um
chamarisco para o sucesso do loteamento. O Santinho e o nosso grupo pensavam o clube
como espaço de lazer e de encontro e como possibilidade de mostrar a força da
comunidade quando ela se manifesta para concretizar um projeto coletivo.
A primeira reunião já com o propósito de criação do PFTC foi
realizada no escritório de advocacia de Rubens Albiero, na rua André Rocha.
Estavam presentes o próprio Rubens, Santinho, Atílio Coli, Amadeu da Motta,
Fernão Dias, Jonas de Souza, Osmil de Lara, Lourenço Visentin e Jefferson de
Souza. Depois de uma longa discussão, a reunião terminou com a ata lavrada e o
PFTC oficialmente criado. A primeira tarefa: visitar os clubes congêneres da
região, para estudar as instalações, a documentação e o modo de funcionamento.
Eu fiquei com a responsabilidade de estudar alguns estatutos e de dar a redação
final ao estatuto do PFTC.
No domingo seguinte, o grupo encontrou-se à beira da
perambeira e como um só arquiteto começou a planejar: aqui a piscina, ali as
quadras de tênis, acolá um campo de bocha, mais adiante a majestosa sede... E
mãos à obra. A tarefa vislumbrada não poderia esperar o amanhã, e com as
próprias mãos o grupo iniciou a terraplenagem, tamanha era a euforia.A surpresa
maior manifestou-se na ocasião em que 50 títulos do futuro Clube foram
colocados à venda. A perambeira não assustou ninguém. A vontade de construir um
novo espaço de lazer, a beleza do local, e a credibilidade do grupo,
facilitaram a formação de um sólido corpo de associados, que ampliou os limites
da idéia inicial e em pouco tempo depois inaugurou as instalações do sonhado
PFTC.
Santinho Simonetti
não participou do projeto da concretização do sonho. Um inexplicável acidente
de moto tinha roubado o amigo do nosso convívio. Mas, a sua imagem e a de
outros que participaram da elaboração do projeto e da realização do sonho
assomam à minha memória quando eu vejo o PFTC, enquanto demonstração da força
do espírito associativo.
Jonas Soares de Souza
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