sexta-feira, 29 de abril de 2016



 Porto Feliz Tênis Clube - Historia



Logo no início de 1977, o grupo de costume reuniu-se na casa de Atílio Coli. Quase todas as tardes de domingo e de outros dias da semana, sem agenda antecipadamente marcada, o pessoal aparecia para colocar o papo em dia e, claro, para os "comes e bebes" sempre farto. Nesse dia, Santinho Simonetti apresentou uma idéia. Ele estava participando da implantação do empreendimento de loteamento de Amadeu da Motta, projeto denominado "Jardim Bela Vista", nos altos da rua Santa Cruz. No loteamento tinha uma área reservada aos esportes e lazer, na qual bem que poderia ser construído um clube!
Seduzidos pela idéia, fomos todos para ver o local: Santinho, Atílio, Nice, Wagner, Luciana, Waldemar Ravelli e Rubens Albiero. O grupo levou um susto. Era uma tremenda perambeira! Como edificar um clube naquela barroca?
Entretanto, o susto virou um tremendo desafio. Nós vamos construir o Porto Feliz Tênis Clube neste local, alguém disse, e todos concordaram. O Santinho e o Amadeu da Motta pensavam no clube como um chamarisco para o sucesso do loteamento. O Santinho e o nosso grupo pensavam o clube como espaço de lazer e de encontro e como possibilidade de mostrar a força da comunidade quando ela se manifesta para concretizar um projeto coletivo.
A primeira reunião já com o propósito de criação do PFTC foi realizada no escritório de advocacia de Rubens Albiero, na rua André Rocha. Estavam presentes o próprio Rubens, Santinho, Atílio Coli, Amadeu da Motta, Fernão Dias, Jonas de Souza, Osmil de Lara, Lourenço Visentin e Jefferson de Souza. Depois de uma longa discussão, a reunião terminou com a ata lavrada e o PFTC oficialmente criado. A primeira tarefa: visitar os clubes congêneres da região, para estudar as instalações, a documentação e o modo de funcionamento. Eu fiquei com a responsabilidade de estudar alguns estatutos e de dar a redação final ao estatuto do PFTC.
No domingo seguinte, o grupo encontrou-se à beira da perambeira e como um só arquiteto começou a planejar: aqui a piscina, ali as quadras de tênis, acolá um campo de bocha, mais adiante a majestosa sede... E mãos à obra. A tarefa vislumbrada não poderia esperar o amanhã, e com as próprias mãos o grupo iniciou a terraplenagem, tamanha era a euforia.A surpresa maior manifestou-se na ocasião em que 50 títulos do futuro Clube foram colocados à venda. A perambeira não assustou ninguém. A vontade de construir um novo espaço de lazer, a beleza do local, e a credibilidade do grupo, facilitaram a formação de um sólido corpo de associados, que ampliou os limites da idéia inicial e em pouco tempo depois inaugurou as instalações do sonhado PFTC.
 Santinho Simonetti não participou do projeto da concretização do sonho. Um inexplicável acidente de moto tinha roubado o amigo do nosso convívio. Mas, a sua imagem e a de outros que participaram da elaboração do projeto e da realização do sonho assomam à minha memória quando eu vejo o PFTC, enquanto demonstração da força do espírito associativo.

Jonas Soares de Souza

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