Porto Feliz 1820, e o primeiro piano na cidade
Não é sem interesse mencionar a entrada do primeiro
piano na vila que era
naquele tempo, acontecendo o evento registrado xistosamente por Alvares
Machado e tal documento é relatado pelo historiador pernambucano
Dr. Pereira da Costa em sua Encyclapediana Brasileira. Por ser original,
reproduzirei essa página: "Ainda pelos anos de 1820 a condução de um
piano para qualquer cidade do interior não era uma questão de nonada,
tal a dificuldade dos meios de transporte. Por esse tempo, a vila
de Porto Feliz, em São Paulo, foi dotada com um desses instrumentos,
senão o primeiro que ali chegava, ao menos um dos poucos que passava
a possuir. O dia da chegada do piano a Porto Feliz, ou por outra,
o da sua entrada solene, foi um dia de verdadeira festa popular. Para dar
uma idéia ligeira desse fato, basta a transcrição do seguinte e curioso assento,
escrito pelo próprio punho do notável e espirituoso cirurgião Francisco Alvares
Machado de Vasconcelos, nome assaz e respeitado: "No dia 2 de maio /1820),
terça‑feira, pelas onze horas chegou a esta vila o forte piano. Já pela manhã
o povo concorria em reboliço, e, transmalhado pelas ruas em que devia
chegar, já se aparavam as paciências quando ali chegou um silaia que anunciava
a chegada. Deram‑se as ordens, todos guardaram seus lugares, todos ficaram
atentos. Apareceu o primeiro objeto. Era uma besta russa que vinha
carregada com viveres e couro para abarracar o piano no caso de chuva;
tudo era muito volumoso e pesado.
naquele tempo, acontecendo o evento registrado xistosamente por Alvares
Machado e tal documento é relatado pelo historiador pernambucano
Dr. Pereira da Costa em sua Encyclapediana Brasileira. Por ser original,
reproduzirei essa página: "Ainda pelos anos de 1820 a condução de um
piano para qualquer cidade do interior não era uma questão de nonada,
tal a dificuldade dos meios de transporte. Por esse tempo, a vila
de Porto Feliz, em São Paulo, foi dotada com um desses instrumentos,
senão o primeiro que ali chegava, ao menos um dos poucos que passava
a possuir. O dia da chegada do piano a Porto Feliz, ou por outra,
o da sua entrada solene, foi um dia de verdadeira festa popular. Para dar
uma idéia ligeira desse fato, basta a transcrição do seguinte e curioso assento,
escrito pelo próprio punho do notável e espirituoso cirurgião Francisco Alvares
Machado de Vasconcelos, nome assaz e respeitado: "No dia 2 de maio /1820),
terça‑feira, pelas onze horas chegou a esta vila o forte piano. Já pela manhã
o povo concorria em reboliço, e, transmalhado pelas ruas em que devia
chegar, já se aparavam as paciências quando ali chegou um silaia que anunciava
a chegada. Deram‑se as ordens, todos guardaram seus lugares, todos ficaram
atentos. Apareceu o primeiro objeto. Era uma besta russa que vinha
carregada com viveres e couro para abarracar o piano no caso de chuva;
tudo era muito volumoso e pesado.
"Avistou‑se o desejado andor. Vinha carregado
por trinta e oito africanos
de Guiné, que vinham cantando, com duas bandeiras ornadas de flores;
repicaram os sinos e descarregaram‑se as ronqueiras que foram respondidas
pelo TICO e dois bombeiros que marchavam vagarosamente na retaguarda.
Desceram o piano e por um instinto maquinal disseram os cargueiros a uma voz:
"Chegou o piano" e o povo entusiasmado de alegria, repetiu: ''Chegou o piano,
Chegou o piano".
de Guiné, que vinham cantando, com duas bandeiras ornadas de flores;
repicaram os sinos e descarregaram‑se as ronqueiras que foram respondidas
pelo TICO e dois bombeiros que marchavam vagarosamente na retaguarda.
Desceram o piano e por um instinto maquinal disseram os cargueiros a uma voz:
"Chegou o piano" e o povo entusiasmado de alegria, repetiu: ''Chegou o piano,
Chegou o piano".
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