– A Société des Sucreries Brésiliennes, com sede social em Paris, Rua Henner, 13, foi fundada com o capital de 7.000.000 de francos, em ações de 100 francos. Era seu fim incorporar 5 diferentes companhias. Atualmente é proprietária de 6 usinas, a saber: a de Vila Rafard, a de Piracicaba, duas em Cupem e Paraíso, uma em Porto Feliz e outra em Lorena. A principal, que é a de Piracicaba, prepara anualmente 120.000 sacas de açúcar de 60 quilos cada uma. Para facilidade do transporte, possui a usina uma linha férrea de 32 quilômetros de extensão, com importante material rodante e 5 locomotivas. A usina da Vila Rafard fabrica 75.000 sacas de 60 quilos cada uma. Igualmente para facilitar o transporte, dispõe essa usina duma linha férrea em comunicação com os canaviais, material rodante e 3 locomotivas. As usinas de Cupem e Paraíso fabricam cada uma 50.000 sacos anualmente. Como nas outras, há linhas férreas e diversas locomotivas. A usina de Porto Feliz fabrica 25.000 sacos e a de Lorena outro tanto. O total da fabricação das usinas atinge 330.000 sacas de açúcar, as quais são vendidas no interior do estado. A cana vem de terrenos pertencentes à Sociedade, sendo apenas 10% do consumo comprados em outros canaviais. O material rodante compõe-se duns 350 vagões de 5 a 10 toneladas de capacidade. A Sociedade emprega em suas propriedades 200 colonos, na sua maioria italianos. O diretor-gerente no Brasil, que é o sr. Lombard, engenheiro, há 22 anos vive neste país. Trabalhou alguns anos em Minas Gerais; foi diretor e professor da Escola Politécnica de Pernambuco, e, a bem dizer, visitou todo o Brasil. Quando a Société des Sucreries Brésilliennes incorporou as usinas atuais, era o sr. Lombard diretor-gerente das usinas de Cupem e Paraíso. Passou então a ser diretor-gerente de todas as que formam a Société des Sucreries Brésilliennes. A Sociedade tem o seu escritório em São Paulo, à Rua Paula Souza, 41. O presidente da companhia é o sr. L. Mellier, residente em Paris.
Texto de 1913---Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho informa, nas páginas 430 a 446, a seguir reproduzidas (ortografia atualizada nesta transcrição)
Société des Sucreries Brésiliennes
ResponderExcluir– A Société des Sucreries Brésiliennes, com sede social em Paris, Rua Henner, 13, foi fundada com o capital de 7.000.000 de francos, em ações de 100 francos. Era seu fim incorporar 5 diferentes companhias. Atualmente é proprietária de 6 usinas, a saber: a de Vila Rafard, a de Piracicaba, duas em Cupem e Paraíso, uma em Porto Feliz e outra em Lorena. A principal, que é a de Piracicaba, prepara anualmente 120.000 sacas de açúcar de 60 quilos cada uma. Para facilidade do transporte, possui a usina uma linha férrea de 32 quilômetros de extensão, com importante material rodante e 5 locomotivas.
A usina da Vila Rafard fabrica 75.000 sacas de 60 quilos cada uma. Igualmente para facilitar o transporte, dispõe essa usina duma linha férrea em comunicação com os canaviais, material rodante e 3 locomotivas. As usinas de Cupem e Paraíso fabricam cada uma 50.000 sacos anualmente. Como nas outras, há linhas férreas e diversas locomotivas. A usina de Porto Feliz fabrica 25.000 sacos e a de Lorena outro tanto. O total da fabricação das usinas atinge 330.000 sacas de açúcar, as quais são vendidas no interior do estado. A cana vem de terrenos pertencentes à Sociedade, sendo apenas 10% do consumo comprados em outros canaviais.
O material rodante compõe-se duns 350 vagões de 5 a 10 toneladas de capacidade. A Sociedade emprega em suas propriedades 200 colonos, na sua maioria italianos. O diretor-gerente no Brasil, que é o sr. Lombard, engenheiro, há 22 anos vive neste país. Trabalhou alguns anos em Minas Gerais; foi diretor e professor da Escola Politécnica de Pernambuco, e, a bem dizer, visitou todo o Brasil.
Quando a Société des Sucreries Brésilliennes incorporou as usinas atuais, era o sr. Lombard diretor-gerente das usinas de Cupem e Paraíso. Passou então a ser diretor-gerente de todas as que formam a Société des Sucreries Brésilliennes. A Sociedade tem o seu escritório em São Paulo, à Rua Paula Souza, 41. O presidente da companhia é o sr. L. Mellier, residente em Paris.
Texto de 1913---Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho informa, nas páginas 430 a 446, a seguir reproduzidas (ortografia atualizada nesta transcrição)