sexta-feira, 25 de março de 2016

 Porto das Monções...
 
 Porto das Monções
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Porto Feliz, vista em 1826 por Hercule Florence

3 comentários:

  1. Antoine Hercule Romuald Florence (Nice, França 1804 - Campinas SP 1879). Desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor, inventor. Chega ao Brasil em 1824. Trabalha no comércio e numa empresa tipográfica, antes de ingressar na Expedição Langsdorff como desenhista, entre 1825 e 1829, ocasião na qual concebe um método para a transcrição do canto dos pássaros denominado zoophonia. Reside na Vila de São Carlos (atual Campinas), onde inventa um processo fotográfico em 1833, batizado de photographie [fotografia]. É responsável por diversas outras invenções, entre elas a polygraphie [poligrafia], um sistema de impressão simultânea de todas as cores primárias. Em 1842, lança O Paulista - o primeiro jornal do interior da província de São Paulo - e, em 1858, imprime em sua litografia o Aurora Campineira, o primeiro jornal de Campinas. Seu talento múltiplo atrai a atenção do imperador dom Pedro II (1825 - 1891), que o visita em Campinas, em 1876. É autor de vários livros, entre os quais se destaca Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, publicado em 1875.

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  2. Almeida Junior - A Partida da Monção
    José Ferraz de Almeida Júnior provavelmente foi o primeiro artista plástico brasileiro a retratar nas telas o homem do povo em seu cotidiano, em contraste com a monumentalidade que até então predominava nas artes plásticas do Brasil. A forma inovadora como tratava a luz é ainda hoje comentada e apreciada. Em sua honra, o dia do Artista Plástico Brasileiro é comemorado a 8 de Maio, dia do nascimento do pintor.
    Desde menino Almeida Júnior demonstrou inclinações artísticas e teve no padre Miguel Correa Pacheco seu primeiro incentivador, em sua cidade natal. Foi o padre quem obteve recursos para que o futuro artista, já então com cerca de 19 anos de idade, pudesse ir estudar no Rio de Janeiro.
    Em 1869 Almeida Júnior entrou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meireles e possivelmente de Pedro Américo. Em 1876, o Imperador D. Pedro 2o concedeu-lhe uma bolsa de estudo que lhe permitiu matricular-se na Ècole de Beaux Arts de Paris, onde foi aluno de Alexandre Cabanel. Participou do Salão dos Artistas franceses nos anos de 1880, 1881 e 1882.
    Em 1882 o pintor voltou ao Brasil e fez sua primeira mostra individual, na Academia Imperial de Belas artes do Rio de Janeiro. Depois abriu seu ateliê em São Paulo. Apaixonado por sua antiga noiva (casada com outro) Maria Laura do Amaral Gurgel, teve seus sentimentos correspondidos e a retratou várias vezes, nos traços de seus personagens femininos.
    Em 1891 e 1896 o pintor realizou novas viagens à Europa, a última em companhia de Pedro Alexandrino. No dia 13 de novembro de 1899 o artista caiu apunhalado diante do Hotel Central de Piracicaba, por José de Almeida Sampaio, seu primo e marido de Maria Laura, o qual acabara de descobrir a ligação amorosa que existia, há anos, entre a mulher e o pintor.
    Entre as obras de Almeida Jr. destacam-se: "As Lavadeiras" (1875), "Caipiras Negaceando" (1888), "Caipira Picando Fumo" (1893), "Amolação Interrompida (1894), "A Partida da Monção" (1898), e o "Violeiro" (1899).

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  3. Aimé-Adrien Taunay (Paris, 1803 — rio Guaporé, 5 de janeiro de 1828) foi um pintor e desenhista francês, ativo no Brasil no século XIX.
    Era filho de Nicolas-Antoine Taunay, membro da Missão Artística Francesa, e chegou ao Rio de Janeiro ainda adolescente, acompanhando seu pai, que foi também seu professor.
    Em 1818 foi contratado pelo naturalista Louis-Claude de Saulces de Freycinet para ser o ilustrador em sua viagem de circumnavegação a bordo da corveta Uranie, que durou dois anos e enfrentou um naufrágio nas ilhas Malvinas. Nessa mesma expedição estava Jacques Arago que, por duas vezes, passou algum tempo no Brasil convivendo com a corte dos Bragança e falecendo no Rio de Janeiro em 1855.
    De volta ao Rio de Janeiro, chegou a tempo de ver a partida de seu pai para a França, permanecendo contudo no país. Em 1825 foi contratado para integrar a Expedição Langsdorff, substituindo Rugendas, que se desentendera com o Barão Langsdorff. A empreitada foi repleta de conflitos internos e outros desastres, e acabou por cobrar a vida do artista, tragado pela correnteza do rio Guaporé, no Mato Grosso, quando tentava atravessá-lo a nado, em janeiro de 1828.
    Deixou preciosa documentação visual dos territórios por onde passou, mas além do simples retrato da paisagem preocupou-se em incluir elementos que registrassem aspectos sócio-culturais, como os habitantes do local e seus costumes, inserindo-o na corrente dos artistas românticos do século XIX.

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